O radialista
amazonense Patrick Melo foi o mestre-de-cerimônia da abertura do 17º Seminário
de Jornalismo da Amazônia, na noite desta quarta-feira, 14. O evento acontece
no Studio 5 Centro de Convenções, em Manaus e vai até sexta-feira, 16. Este
ano, o tema é “Jornalismo e Mídias Sociais”.
O Hino Nacional foi ilustrado com um
vídeo de imagens da cidade anfitriã. O presidente da Rede Amazônica de Radio e
Televisão e da Fundação Rede Amazônica, Phelippe Daou, e o vice-presidente de
Jornalismo da emissora, Milton de Magalhães Cordeiro, estavam na primeira fila
para dar as boas vindas aos profissionais e estudantes de jornalismo que
participam dos debates.
“O compromisso é com a notícia real,
sem nos importar com as nossas opiniões pessoais. É esse o compromisso de quem
faz o bom jornalismo”, discursou Milton durante a cerimônia.
Foto: estudantes e profissionais na abertura do seminário. |
Foto: Milton de Magalhães Cordeiro na cerimônia de abertura. |
Do telecine à interatividade
A primeira palestrante da noite foi a
jornalista Ercilene Oliveira, gerente de Jornalismo da Rede Amazônica. Ela
tratou do tema “As mudanças do jornalismo digital”. Ercilene fez uma breve exposição da
evolução dos equipamentos de TV, desde o telecine (rolo de filme, como os
usados para apresentação de filmes em cinema) até o cartão de memória usado nos
dias de hoje.
Foto: Ercilene Oliveira mostra a evolução dos equipamentos de TV até à era digital. |
Ainda destacou as transmissões em alta
definição, hoje realidade no Estado do Amazonas, relatando as dificuldades para
implantação desse sistema na região amazônica. Também mostrou que hoje o
sistema de edição, em baixa definição, é iniciado pelo próprio repórter e
finalizado pelo editor, já em alta definição. Para isso, explica, foi criado o
verbo “ingestar”, que deriva da palavra Ingest – jogar conteúdo de áudio e vídeo no
sistema para edição.
Para a
profissional, hoje a velocidade da internet força o surgimento da figura do
jornalista multimídia. “Essa convergência de mídias do mundo digital já fazem
parte da nossa vida. Se o profissional de imprensa não for capacitado para ser
multimídia, estará fora do mercado. O mercado avança com a rapidez da internet.
Por exemplo, nós que trabalhamos em TV temos horário. A informação não. Se você
não acompanha isso, estará fora do processo”, argumenta.
Jornalismo comunitário
A jornalista Jô Mazzarolo, diretora de
jornalismo da Globo Nordeste palestrou sobre o tema “A experiência do
jornalismo comunitário na Rede Globo Nordeste e as mídias sociais. Ela destacou
a principal característica desse tipo de jornalismo é mostrar a realidade
vivida por moradores de um determinado local, buscando sempre suscitar o
debate; neste caso, o jornalista é o interlocutor entre a comunidade que
reivindica e a autoridade que tem a obrigação de resolver.
Foto: Jô Mazzarolo: 'A importância do jornalismo comunitário'. |
“Se a solução do problema não aparecer
de imediato, fica a discussão do assunto. Nessa busca, o jornalista nunca deve
perder três qualidades: inquietação, motivação e curiosidade”, assinalou
Mazzarolo. Ainda mostrou a experiência do quadro “Calendário”, da Globo
Nordeste, no qual os moradores fazem reclamações e o poder público pede um
prazo para resolver; após esse período, é feita uma nova reportagem sobre o
mesmo assunto, para mostrar se a promessa foi ou não cumprida.
A parte final da segunda palestra
tratou das ferramentas usadas pelas redações para a busca da notícia. Nela
relatou-se desde o telegrama até o Facebook. “A essência do nosso trabalho é a
informação. Com esta evolução tecnológica, ela chega com toda a carga para o
jornalista, que agora tem também o papel de filtrar o que é de fato notícia”,
argumentou – William Bonner.
Após o encerramento da exposição, as
duas palestrantes responderam questionamentos da plateia. O evento continua
nesta quinta-feira, 15, com as palestras “O G1 e as Mídias Sociais”, proferida
por Márcia Menezes, editora-chefe do Portal G1 e “As Mídias Sociais no
Jornalismo”, pelo repórter esportivo Renato Ribeiro, da TV Globo. O
encerramento será na sexta-feira, 17, quando acontece a palestra mais esperada,
sob o tema “Mídias Sociais e os impactos no jornalismo televisivo”, pelo apresentador
e editor-chefe do Jornal Nacional, William Bonner.
Por Max Gabriel Penha – Fotos e Texto.
Bem completa sua matéria. Continue mandado ver ai no seminário em Manaus!
ResponderExcluirProf.Jefferson
Soube que vc's fizeram uma entrevista por aí. Onde ela está? Youtube?
ResponderExcluirSegue o vídeo
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=5GAUs--n-ow