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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Palestras marcam abertura do XVII Seminário de Jornalismo da Amazônia


O radialista amazonense Patrick Melo foi o mestre-de-cerimônia da abertura do 17º Seminário de Jornalismo da Amazônia, na noite desta quarta-feira, 14. O evento acontece no Studio 5 Centro de Convenções, em Manaus e vai até sexta-feira, 16. Este ano, o tema é “Jornalismo e Mídias Sociais”.

O Hino Nacional foi ilustrado com um vídeo de imagens da cidade anfitriã. O presidente da Rede Amazônica de Radio e Televisão e da Fundação Rede Amazônica, Phelippe Daou, e o vice-presidente de Jornalismo da emissora, Milton de Magalhães Cordeiro, estavam na primeira fila para dar as boas vindas aos profissionais e estudantes de jornalismo que participam dos debates.

“O compromisso é com a notícia real, sem nos importar com as nossas opiniões pessoais. É esse o compromisso de quem faz o bom jornalismo”, discursou Milton durante a cerimônia.

Foto: estudantes e profissionais na abertura do seminário.

Foto: Milton de Magalhães Cordeiro na cerimônia de abertura.

Do telecine à interatividade

A primeira palestrante da noite foi a jornalista Ercilene Oliveira, gerente de Jornalismo da Rede Amazônica. Ela tratou do tema “As mudanças do jornalismo digital”. Ercilene fez uma breve exposição da evolução dos equipamentos de TV, desde o telecine (rolo de filme, como os usados para apresentação de filmes em cinema) até o cartão de memória usado nos dias de hoje.

Foto: Ercilene Oliveira mostra a evolução dos equipamentos de TV até à era digital. 

 Ainda destacou as transmissões em alta definição, hoje realidade no Estado do Amazonas, relatando as dificuldades para implantação desse sistema na região amazônica. Também mostrou que hoje o sistema de edição, em baixa definição, é iniciado pelo próprio repórter e finalizado pelo editor, já em alta definição. Para isso, explica, foi criado o verbo “ingestar”, que deriva da palavra Ingest – jogar conteúdo de áudio e vídeo no sistema para edição.

Para a profissional, hoje a velocidade da internet força o surgimento da figura do jornalista multimídia. “Essa convergência de mídias do mundo digital já fazem parte da nossa vida. Se o profissional de imprensa não for capacitado para ser multimídia, estará fora do mercado. O mercado avança com a rapidez da internet. Por exemplo, nós que trabalhamos em TV temos horário. A informação não. Se você não acompanha isso, estará fora do processo”, argumenta.

Jornalismo comunitário

A jornalista Jô Mazzarolo, diretora de jornalismo da Globo Nordeste palestrou sobre o tema “A experiência do jornalismo comunitário na Rede Globo Nordeste e as mídias sociais. Ela destacou a principal característica desse tipo de jornalismo é mostrar a realidade vivida por moradores de um determinado local, buscando sempre suscitar o debate; neste caso, o jornalista é o interlocutor entre a comunidade que reivindica e a autoridade que tem a obrigação de resolver.

Foto: Jô Mazzarolo: 'A importância do jornalismo comunitário'.

“Se a solução do problema não aparecer de imediato, fica a discussão do assunto. Nessa busca, o jornalista nunca deve perder três qualidades: inquietação, motivação e curiosidade”, assinalou Mazzarolo. Ainda mostrou a experiência do quadro “Calendário”, da Globo Nordeste, no qual os moradores fazem reclamações e o poder público pede um prazo para resolver; após esse período, é feita uma nova reportagem sobre o mesmo assunto, para mostrar se a promessa foi ou não cumprida.

A parte final da segunda palestra tratou das ferramentas usadas pelas redações para a busca da notícia. Nela relatou-se desde o telegrama até o Facebook. “A essência do nosso trabalho é a informação. Com esta evolução tecnológica, ela chega com toda a carga para o jornalista, que agora tem também o papel de filtrar o que é de fato notícia”, argumentou – William Bonner.

Após o encerramento da exposição, as duas palestrantes responderam questionamentos da plateia. O evento continua nesta quinta-feira, 15, com as palestras “O G1 e as Mídias Sociais”, proferida por Márcia Menezes, editora-chefe do Portal G1 e “As Mídias Sociais no Jornalismo”, pelo repórter esportivo Renato Ribeiro, da TV Globo. O encerramento será na sexta-feira, 17, quando acontece a palestra mais esperada, sob o tema “Mídias Sociais e os impactos no jornalismo televisivo”, pelo apresentador e editor-chefe do Jornal Nacional, William Bonner.

Por Max Gabriel Penha – Fotos e Texto.

3 comentários:

  1. Bem completa sua matéria. Continue mandado ver ai no seminário em Manaus!

    Prof.Jefferson

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  2. Soube que vc's fizeram uma entrevista por aí. Onde ela está? Youtube?

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  3. Segue o vídeo
    http://www.youtube.com/watch?v=5GAUs--n-ow

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