Nesta segunda-feira, 14, procuramos
falar com a diretora do Museu Sacaca, para obtermos algumas informações a
respeito daquela instituição. Apesar da diretora não se encontrar no local,
fomos bem atendidos pela funcionária Elane Carneiro de Albuquerque que nos
passou dados importantes sobre a criação do Museu. Segundo Elane, “o Centro de
Pesquisas Museológicas – O Museu Sacaca, é uma instituição cultural subordinada
ao Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá - IEPA, criado
ainda no primeiro mandato do governador do Estado do Amapá, João Alberto
Capiberibe, mas, o seu acervo patrimonial vem desde as décadas de 60 e 70, do
Museu de História Natural Ângelo da Costa Lima e do Museu de Plantas Medicinais
Waldomiro de Oliveira Gomes”.
Nos últimos oito anos o Museu passou
por sérias dificuldades, tendo em 2008 fechado suas portas à visitação pública
e por ser um Museu a céu aberto parte de seu patrimônio, sem receber manutenção
adequada ficou bastante danificado e passa hoje por uma ampla reforma em suas
estruturas físicas e em seu acervo patrimonial. O nome do Museu é uma homenagem
a Raimundo dos Santos Souza, o Sacaca, que foi um grande conhecedor da medicina
popular em que usava as propriedades medicinais de plantas e ervas existentes
na flora amapaense. Sacaca, como era conhecido, sempre foi muito procurado para
cuidar com suas “ervas milagrosas” de jovens, crianças e adultos.
O Museu além de ser uma área
museológica é também um espaço de lazer e de democratização do conhecimento dos
trabalhos científicos elaborados pelos técnicos e pesquisadores do IEPA. Dentre
elas as pesquisas museológicas que é um dos objetivos de qualquer instituição
do gênero.
A nova direção está fazendo algumas
reformas e adaptações no Museu, visando proporcionar aos que por ali passam,
não só uma visão da cultura do povo, mas também, segurança, conforto e bem
estar. Parte
do projeto como o barco Regatão, as casas comunitárias tradicionais que estavam
com sua estrutura bastante comprometida, estão sendo restauradas. A própria
estrutura física do prédio teve que passar por uma reforma. Não só reforma, mas
também reposição de algumas peças do acervo.
Perguntada se o Museu, após essa
recuperação, iria se apresentar com uma nova “cara”, Elane respondeu: “Eu não
diria com uma nova ‘cara’, porque nós temos exposições de caráter permanente ou
de longa duração e a nossa proposta museológica deve continuar sendo a mesma
adotada ao longo desses anos de atividades do museu, ou seja, um museu a céu
aberto que é o projeto museológico da instituição, isto é, o objetivo do museu
não se alterou em função de uma ou outra administração. Essa proposta de museu
a céu aberto foi adotada em abril de 2002 e as equipes de gerenciamento que
vieram após isso continuaram; inclusive com as consultorias museológica que não
mudaram”, finalizou.
Por José Barreto